O pé de maracujá e a borboleta
Os seres vivos e a evolução andam quase sempre juntos. É comum encontrarmos adaptações de certas espécies à presença de outras. Viaje no exemplo do pé de maracujá e a borboleta:
Evolução 1
Os pés de maracujá produzem em suas folhas, substâncias tóxicas que as protegem contra as larvas de insetos.
Evolução 2
Há uma espécie de borboleta que deposita seus ovos nessas folhas, (pontinhos amarelos na foto abaixo) que quando crescem viram larvas, comem as folhas e toleram essas substâncias tóxicas, provavelmente porque têm enzimas que as digerem.
Essas larvas de borboleta usam as folhas de maracujá como rango e não fazem outra a não devorá-las rapidamente, o que deve representar uma adaptação do inseto à planta. Mesmo a planta tendo "adquirido" proteção adicional (substancias tóxicas), a larva se adaptou. Vale lembrar que essa larva se transforma numa taturana, que depois monta seu casulo e se transforma numa borboleta.
Evolução 1
Os pés de maracujá produzem em suas folhas, substâncias tóxicas que as protegem contra as larvas de insetos.
Evolução 2
Há uma espécie de borboleta que deposita seus ovos nessas folhas, (pontinhos amarelos na foto abaixo) que quando crescem viram larvas, comem as folhas e toleram essas substâncias tóxicas, provavelmente porque têm enzimas que as digerem.
Evolução 3
Para manter sua espécie, a planta criou um sistema capaz de enganar as borboletas:
Ela incluiu ao longo dos anos, sem qualquer interferência humana, pontinhos amarelos bem visíveis muito parecidos com ovos da borboleta. Esses pontinhos são na realidade estruturas produtoras de néctar, um líquido açucarado.
Evolução 4
As fêmeas da borboleta vêem os nectários nas folhas (bolinhas amarelas) e confundem com ovos de outra borboleta, e evitam desovar sobre essas folhas “imaginando” que já tem ovos depositados naquele pé e não sobraria alimento pra suas crias. Isso acaba representando para a planta, outra defesa razoável contra as larvas. É como se a planta quisesse dizer: -- Aí sua borboleta otária, não ponha seus ovos nas minhas folhas.......já tô condenada, porra !
Esse caso é então um exemplo clássico de co-evolução (evolução em conjunto); enquanto as borboletas se adaptaram às substâncias tóxicas do pé de maracujá através de enzimas digestivas, o maracujá se adaptou pelo surgimento dos nectários, que inibe a desova sobre suas folhas. No entanto, as coisas não são tão simples assim.......o buraco é mais embaixo, véio !
Evolução 5
Os nectários, devido ao líquido que fabricam, atraem formigas e vespas, que por “coincidência” são predadores dos ovos da famosa borboleta. Tudo indica que a mera presença de formigas numa folha já consegue fazer a borboleta desistir de botar seus ovos lá. Mais um ponto para o pé de maracujá.
O jogo da sobrevivência aparentemente dá vantagens ao pé de maracujá, mas ambos sobrevivem.
Assim, o que parecia ser apenas a adaptação de uma espécie à outra, mostra ser uma TRAMA COMPLEXA DAS RELAÇÕES ENTRE VÁRIOS ORGANISMOS DA MESMA COMUNIDADE, COM ALTERAÇÃO DE DNA POR CONTA PRÓPRIA, QUE O SER HUMANO ACHA MAIS FÁCIL CHAMAR DE........NATUREZA !
Evolução 5
Os nectários, devido ao líquido que fabricam, atraem formigas e vespas, que por “coincidência” são predadores dos ovos da famosa borboleta. Tudo indica que a mera presença de formigas numa folha já consegue fazer a borboleta desistir de botar seus ovos lá. Mais um ponto para o pé de maracujá.
O jogo da sobrevivência aparentemente dá vantagens ao pé de maracujá, mas ambos sobrevivem.
Assim, o que parecia ser apenas a adaptação de uma espécie à outra, mostra ser uma TRAMA COMPLEXA DAS RELAÇÕES ENTRE VÁRIOS ORGANISMOS DA MESMA COMUNIDADE, COM ALTERAÇÃO DE DNA POR CONTA PRÓPRIA, QUE O SER HUMANO ACHA MAIS FÁCIL CHAMAR DE........NATUREZA !
Noel Gomes
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