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quinta-feira, 11 de abril de 2013

ISON, o cometa mais espetacular de todos os tempos está chegando.


Quando o cometa ISON passar próximo à Terra no final deste ano, seu brilho será o mais intenso já registrado no céu em toda a história superando o da Lua Cheia, e as projeções mais otimistas mostram que a calda dele poderá se esticar por metade do céu visível.


Os astrônomos utilizam uma escala de magnitudes para indicar o brilho dos objetos celestes. Nessa escala, quanto menor o número, maior o brilho. E se o ISON sobreviver, a magnitude será de -19. Não é pouca coisa, visto que a Lua Cheia tem magnitude -12,7 e Vênus, o planeta mais brilhante do sistema Solar, -4,8.

Uma coisa é certa: Ele poderá ser visto no céu até mesmo durante o dia.

O núcleo do cometa não passa de 6,5 quilômetros de diâmetro, mas sua cabeça chega a quase 5.000 quilômetros de diâmetro (1,2 vez maior que a Austrália). Já sua calda se estende por mais de 91,7 mil quilômetros de comprimento por enquanto, porque com a aproximação, a pressão do vento solar fará a cauda de ISON se entender por milhões de quilômetros.

Ele viaja a centenas de milhares de quilômetros por hora, vai contornar o nosso Sol e retoma o caminho de “casa”, podendo repetir a órbita no daqui a impressionantes 1,2 milhão de anos no futuro ou simplesmente se perder pelo universo.


Imagem: Revista Época
Caso o ISON sobreviva à aproximação com o Sol e siga sem ser incomodado o seu caminho, os astrônomos esperam que ele seja observável a olho nu por dois meses, entre novembro de 2013 e janeiro do ano seguinte, e quem tiver acesso a um telescópio amador conseguirá acompanhar a jornada do cometa já a partir de agosto de 2013.

No dia 28 de dezembro de 2013 ele realizará a aproximação máxima do nosso planeta: uma distância de mais ou menos 64,3 milhões de quilômetros.

De volta para o passado – Além do brilho que pode exibir, um cometa como o ISON representa a oportunidade de os cientistas estudarem um material proveniente literalmente dos primórdios do sistema solar.

No Brasil
Se tudo correr como o previsto, ISON poderá ser visto do Brasil nas pré-manhãs antes do periélio de 28 de novembro. Quanto mais próximo do Hemisfério Norte, melhores serão as condições para a observação do cometa, e se ele contornar o Sol como esperado, ambos os hemisférios serão contemplados.


Será um verdadeiro show de final do ano, e ele pode ser o cometa mais espetacular de todos os tempos.