Quando o cometa ISON passar próximo à
Terra no final deste ano, seu brilho será o mais intenso já registrado no céu
em toda a história superando o da Lua Cheia, e as projeções mais otimistas mostram que a calda dele poderá se esticar por metade do céu visível.
Os
astrônomos utilizam uma escala de magnitudes para indicar o brilho dos objetos
celestes. Nessa escala, quanto menor o número, maior o brilho. E se o ISON
sobreviver, a magnitude será de -19. Não é
pouca coisa, visto que a Lua Cheia tem magnitude -12,7 e Vênus, o planeta mais
brilhante do sistema Solar, -4,8.
Uma coisa é certa: Ele poderá ser visto no céu até mesmo durante o dia.
O núcleo do cometa não passa de 6,5 quilômetros
de diâmetro, mas sua cabeça chega a quase 5.000 quilômetros de diâmetro (1,2
vez maior que a Austrália). Já sua calda se estende por mais de 91,7 mil quilômetros
de comprimento por enquanto, porque com a aproximação, a pressão do vento solar fará a
cauda de ISON se entender por milhões de quilômetros.
Ele viaja a centenas de
milhares de quilômetros por hora, vai contornar o nosso Sol e retoma o caminho
de “casa”, podendo repetir a órbita no daqui a impressionantes 1,2 milhão de
anos no futuro ou simplesmente se perder pelo universo.
Imagem: Revista Época |
No dia 28 de dezembro de
2013 ele realizará a aproximação máxima do nosso planeta: uma distância de mais
ou menos 64,3 milhões de quilômetros.
De volta para
o passado – Além
do brilho que pode exibir, um cometa como o ISON representa a oportunidade de
os cientistas estudarem um material proveniente literalmente dos primórdios do
sistema solar.
No Brasil
Se tudo correr como o previsto, ISON poderá ser visto do Brasil nas pré-manhãs
antes do periélio de 28 de novembro. Quanto mais próximo do Hemisfério Norte,
melhores serão as condições para a observação do cometa, e se ele contornar o
Sol como esperado, ambos os hemisférios serão contemplados.
Será um verdadeiro show de final do ano, e ele pode ser o cometa mais espetacular
de todos os tempos.
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